Objectivo do Blog

Sou mãe de uma menina que nasceu em 2009, o meu maior tesouro!
A minha filha apresenta comportamentos um pouco diferentes do comum para a idade, compatíveis com a Perturbação do Espectro Autista.

Este blog tem como objectivo a troca de informações com pais que estejam em situação semelhante.
Juntos encontraremos mais respostas pras nossas dúvidas e poderemos obter uma ideia melhor da evolução esperada para cada caso. Participem!

Resumo

Sou uma mãe de primeira viagem, a gravidez correu sem percalços, o parto correu bem e o pós-parto melhor ainda, o mais difícil foram as cólicas da minha filha, isso foi terrível e é a pior recordação que tenho, ela chorava dia e noite e só começou a melhorar aos 4 meses. Foi muito desgastante... nem gosto de lembrar...
A evolução dela a nível físico tem sido boa, é uma menina grande, desde os 6 meses que está nos percentis máximos, o cefálico até rebentou a escala...
É uma criança que come muito bem e de tudo e até agora tem sido saudável.
Antes de entrar para a creche esteve com o avós maternos e a única coisa que eu reparava era que ela ficava, de vez em quando, com um olhar ausente, como se estivesse no mundo da lua, mas não dei importância porque o meu marido também tem esses "paranços" quando está mais pensativo...
De resto, em casa, e sendo eu uma mãe estreante, achava que estava tudo bem.
Quando ela entrou para a creche, aos 20 meses, é que comecei a ficar com o coração nas mãos...
Algumas semanas após entrar prá escolinha a educadora (a quem estou muito grata) disse-me que estava um pouco preocupada com o facto da minha filha muitas vezes não olhar quando a chamavam e perguntou-me se alguma vez ela tinha feito um teste auditivo...
À medida que o tempo foi passando foi-me falando de outras coisas que a estavam a preocupar:
- isolava-se dos amiguinhos
- se eles invadiam o espaço dela era agressiva (ferrava, batia, dava cabeçadas)
- não dava, nem gostava de beijos/abraços
- não se interessava por nenhuma actividade
- não se interessava por comunicar
- muitas vezes agia como se fosse surda
Nessa altura comecei a aperceber-me que os "sinais" que ela mostrava se assemelhavam muito aos descritos nas Perturbações do Espectro Autista e falei da minha suspeita com a educadora.
Entretanto falei com a minha médica de família (que também é excelente) e ela quis, em primeiro lugar, descartar a possibilidade dos olhares ausentes serem epilepsia de ausência. Foi feito um electroencefalograma que não acusou nada anormal e fomos a uma consulta de neurologia no H.S.João.
A neurologista, depois de muitas perguntas, confirmou que aquele olhar ausente realmente não era o típico da epilepsia, e que SIM não tinha grandes dúvidas que se tratava de uma Perturbação do Espectro Autista...encaminhou-nos para Pedopsiquiatria.
Fomos a essa consulta a faltarem 8 dias para a minha filha fazer 29 meses e a Pedopsiquiatra confirmou a nossa suspeita mas com um prognóstico de evolução muito positivo.
Esta foi a informação clínica que trouxe para a creche e médica de família:
"A menina apresenta um quatro compatível com Perturbação do Espectro Autista com marcadas dificuldades na comunicação e interação social e interesses restritos. Necessita de apoio estruturado, precoce e intensivo do Ensino Especial, associado a terapia da fala, terapia ocupacional e apoio  psicológico para estimulação global. Agradecia a colaboração na orientação para as terapias e apoios, sendo importante a articulação entre os técnicos. Aguarda RM, ORL e estudo genético. É essencial o suporte afectivo, uso de imagem e temas que a motivem, evitando o isolamento e alteração brusca de rotinas."



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