Fiquei triste quando a terapeuta da fala me disse que numa das sessões a Tatiana desligou completamente... estava convencida que isso tinha deixado de acontecer, porque este ano ainda não me tinha apercebido de nenhuma situação dessas.
Por isso imaginem o choque que foi quando as técnicas da intervenção precoce me disseram que a Tatiana tem ausências cognitivas sistemáticas...
No relátorio delas consta o seguinte:
“A grande preocupação observada pelas docentes de intervenção precoce aquando da avaliação da Tatiana reside essencialmente nos períodos de ausência que a criança manifesta, sistematicamente, de 8 em 8 minutos sensivelmente. Nestes momentos, a Tatiana pára o que está a fazer e fica de olhar fixo cerca de 3-4 segundos retomando a tarefa de seguida.”
- Como é que eu não me apercebi?
... não consigo deixar de pensar que fui desatenta e irresponsável... sou mãe... tenho obrigação de ver estas coisas... bolas...
Se realmente ela tem crises assim sistemáticas coitadinha da minha piolha... como é que há-de conseguir acompanhar as actividades do dia-a-dia e desenvolver-se como deve ser... imagino a confusão que irá às vezes na cabecinha dela...
Já falei com a Dr. Alda que pediu um novo electroencefalograma com urgência.
E se o electroencefalograma volta a não acusar nada???
Estou sem vontade de escrever, ainda por cima este assunto lembra-me a minha tia que faleceu recentemente...
Deixo-vos apenas uma explicação acerca deste tipo de epilepsia:
"Uma crise de ausência provoca uma perda de consciência, que é geralmente muito breve – menos de 30 segundos - e quase imperceptível. A pessoa simplesmente pára de se mover ou falar, olha para a frente sem expressão, e não responde ao que lhe perguntam. A apreensão é tão curta e difícil até mesmo perceber que uma pessoa pode ter 50 ou 100 crises de ausência por dia, sem serem detectados. Quando a crise acaba, a pessoa volta a suas atividades normais, sem perceber que algo aconteceu. Porque uma criança com epilepsia de ausência pode ter muitas convulsões breves durante o dia escolar, o distúrbio pode interferir seriamente com a sua capacidade de prestar atenção e participar na aula. Por esta razão, um professor pode ser o primeiro adulto a perceber que algo está errado. Se o professor não está familiarizado com crises de ausência, pode queixar-se que a criança não está a prestar atenção ou parece estar a sonhar acordada."
Fonte: http://o.canbler.com/topico/epilepsia/crises-de-ausencia-petit-mal-convulsoes