Objectivo do Blog

Sou mãe de uma menina que nasceu em 2009, o meu maior tesouro!
A minha filha apresenta comportamentos um pouco diferentes do comum para a idade, compatíveis com a Perturbação do Espectro Autista.

Este blog tem como objectivo a troca de informações com pais que estejam em situação semelhante.
Juntos encontraremos mais respostas pras nossas dúvidas e poderemos obter uma ideia melhor da evolução esperada para cada caso. Participem!

31 de julho de 2013

A amiguinha

ela ao sair do infantário: queo bê a A.
mãe: não queres nada ver a A.
ela: queo queo!!!
mãe: tú és muito esperta... tú não queres ver a A. queres é ir pra casa dela...
ela: mas eu queo bê a A.
mãe: está bem - então vamos buscá-la e brincas com ela na NOSSA casa
ela: mas eu queo ir à casa deua.
mãe: não vais a casa dela nada, senão depois fazes birra pra vir embora!
ela: eu não xás birra...
mãe: fazes fazes...
ela: eu não xás birra NAAAAAAADAAAAAAA
mãe: COMO É? JÁ ESTÁS A FAZER!
ela: eu disse que queo bincar ca A.!
mãe: Tú não queres brincar com a A. -  queres é ficar na casa dela!
ela: ...
mãe: de quem é que tu gostas - da A. ou de brincar na casa dela?
ela: gosto da A. e de bincar na casa deua

boa :)

29 de julho de 2013

Medo precisa-se!

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isto ia acabar por acontecer... eu sabia!!!

O entusiasmo de fotografar o novo poldro era grande, afinal é filho do famoso “Campeador”.
Enquanto isso a Tatiana brincava com o cão “piloto” que teimava em desafiar os cavalos...
Fartei-me de avisar que não a queria tão perto deles!

Resultado – levou uma patada nas costelas!

Foi uma patada à “sacode a mosca” mas podia ter sido uma patada a sério... nem quero pensar...
A piolha apanhou um valente susto e eu quase tinha um ataque de coração...

Agora o padrinho e avô já sabem porque detesto tanto que ela ande no meio dos cavalos – são animais e não vale a pena dizerem-me que eles sabem que ela é uma criança!

Ainda bem que não foi grave!
Espero que depois disto a piolha comece a teme-los, sinceramente!



25 de julho de 2013

Eu bem que insisto :(

mãe - então gostaste da praia?
ela - sim
mãe - e que é que fizeste na praia?
ela - ...
mãe - brincaste muito?
ela - sim
mãe - e foste prá água?
ela - sim
mãe - e a água estava muito fria?
ela - ...
mãe - olha e brincaste com os teus amiguinhos?
ela - ...
mãe - atiraste água aos teus amigos?
ela - ...
mãe - o que é que comeste na praia?
ela - mãe tú não falas!
mãe - não queres que eu fale :(
ela - pois não!



Mudanças na rotina

Ontem quando cheguei ao infantário ela estava radiante, está mesmo a gostar da praia!
A educadora disse que ela se tem portado lindamente, que não tem medo nenhum do mar (pois esse é o meu receio...) e que, mesmo com a água fria como tudo, ela se molhava toda e até atirava água aos amiguinhos...
Reforcei que não facilitassem e nunca a perdessem de vista, ao que a educadora respondeu que ela se portava muito bem e acatava bem as ordens - a única coisa é que se distrai imenso, que se perde a olhar pra qualquer coisa e até deu o exemplo: se lhe pedir que vá ter com a E. que está a 3 metros ela dá uma volta imensa até chegar lá...
Perguntei se estavam a faltar muitos meninos (por causa do surto de varicela), e falamos alguns nomes, entre os quais o da amiguinha A..
Quando ela ouviu o nome A. disse logo que queria ir a casa dela.
À entrada para o carro voltou a dizer que queria ir a casa da A..
eu - tens saudades dela?
ela - sim
eu - então está bem, vamos visitá-la
ela - SIMMM vamos visitá-la
eu - sabes, ela está doente - tem muitas pintas!
ela - pois!
eu - quando chegarmos vais dizer assim:
- olá A. vim visitar-te
- estava com muitas saudades tuas
- estás melhor ou ainda tens muitas pintas?
(ela repetiu tudo direitinho e ensaiamos várias vezes)

Quando chegamos ela não disse nada, já só estava aflita para brincar com as coisas da amiguinha :(
Foi preciso segurá-la e forçá-la para que dissesse pelo menos o final das frases...
Acabou por ficar lá a brincar e o pai da A. depois trazia-a a casa.
Quando chegou a hora de vir embora fez uma birra descomunal, o pai da A. ficou preocupadíssimo porque ela esperneava aos gritos e atirava-se prá porta do carro a tentar abri-la em andamento... foi preciso pedir ao irmão que viesse com ele e a agarrasse (que vergonha)...
Eu ouvi os gritos dela ainda bem longe de casa...
Resultado: já à porta da nossa casa e perante o "panorama" o pai da A. disse-me que era melhor ela ir de novo e depois eu passava lá a buscá-la quando estivesse mais calma... (que vergonha)

Dei 15 minutos e lá fui, mas não adiantou, ainda por cima estava a ver desenhos animados... acabou por ficar para jantar e depois ao virem tomar café deixavam-na em casa...
Disse-lhes que antes de saírem era melhor desligarem sorrateiramente a televisão e dizerem que a energia tinha acabado senão...

Às 21.30 lá vem ela toda sorridente "ó minha mãe, ó minha mãe" toda beijoqueira!
Perguntei-lhe se era preciso fazer uma birra daquelas - ela responde que não e recomeça "ó minha mãe" e a querer dar beijos...
Não vais mais pra casa da A. - Já sabes que não se faz birras - quando é pra vir embora É pra vir embora!!!

Este "episódio" mostra que as mudanças na rotina não a incomodam, aliás ela própria a muda.
Com a minha filha o problema é quando mudamos aquilo que ela planeou fazer, aí sim as birras são um bocado exageradas e ela não se controla mesmo estando com pessoas com quem não tem muita confiança.

Outra coisa que me deixa triste é o facto dela não conseguir contar o que esteve a fazer ou o que comeu por exemplo :(


24 de julho de 2013

Mentir ou enfrentar?

Como já aqui referi, a minha filha tem obsessão por desenhos animados, se pudesse via dvds de animação 24 sobre 24 horas...
Todos os dias era a mesma guerra na hora de desligar a TV, um dia, de noite, falhou a luz e andamos de lanternas dentro de casa – disse-lhe que tinha acabado a energia e mostrei-lhe que estavam todos às escuras – ela aceitou e até achou um piadão a andar de lanterna. Depois disso resolvi desligar a eletricidade da sala (luz, TV, DVD) no quadro eléctrico e dizer-lhe que tinha acabado a anergia, que no dia seguinte tínhamos que ir trabalhar pra o "senhor" nos dar mais energia – ela ficava triste, mas conformava-se rápido e os dias ficaram muito mais fáceis e muito mais produtivos.

Agora que começou a praia não dá para a deixar ver televisão à noite porque além de ter que ir prá cama cedo (para acordar às 7 da manhã)... não sobrava tempo para fazer mais nada com ela...
Qual foi a estratégia: disse-lhe que tinha trabalhado pouco porque estava com muito sono e que o “senhor” ficou zangado comigo e não ligou a energia da sala -  ela começou de imediato num choro imenso, a empurrar-me... ainda lhe disse que tinha que dormir muito para não ter sono no trabalho, mas ela só me empurrava e dizia “tú não trabalhaste pouco”, "o senhor não zangou”...
Deixei-a na sala a chorar... esteve 15 minutos nisso, depois fui novamente ao pé dela e repeti  que se fosse prá cama cedo ia conseguir trabalhar muito e teríamos muita energia... ela vira-se e diz “tou zangada contigo, tú não trabalhaste muito” e começa outra vez a chorar...
Quando se acalmou disse-lhe que o "senhor" é que era mau e não deixava dormir nem um bocadinho e que ela é que tinha sorte porque podia dormir na escolinha... que tínhamos que ir sempre cedo para a cama.
Ela, no meio dos soluços, lá disse que sim – e que o senhor era mau e que amanhã eu devia bater-lhe!!!
Não sei até que ponto faço bem em inventar estas histórias... mas o que é certo é que brincamos, tomou banho, jantou, lí-lhe uma história e pela primeira vez na vida dela foi de livre vontade prá cama e adormeceu em 5 minutos.
Amanhã vou dizer que trabalhei muito mas a máquina da energia avariou...

O que acham deste tipo de “procedimento”?


2 de julho de 2013

Manhosices!

mãe - Quem é que sujou isto tudo???
ela - xoi a Luna (pois pois, a cadela agora é que leva com as culpas...)
mãe - Foi a Luna??? Mas ela nem sequer esteve aqui!!!
ela - esteve esteve e sujou isto tudo!!!

.........

mãe - olha já não tens pintas - amanhã já podes ir prá escola!
ela - não posso ir pá escola - tou muito doente!


:)

A doença da mão, pé e boca...

... atacou a piolha, nunca tinha ouvido falar deste "bicho".
Inicialmente pensamos que seria varicela, mas afinal não (com pena minha, pois ficava "arrumada")
A Tatiana não chegou a ter febre e realmente as bolhas não dão comichão nem doem, o mais chato foram as aftas na língua... felizmente já está tudo bem.
Aqui fica a descrição da doença e as "provas" :)

A doença da mão, pé e boca é causada por um vírus chamado coxsackie. Este vírus é altamente transmissível, podendo passar de uma pessoa para outra pelo pelo contato com as secreções do nariz, da garganta e da boca de crianças infectadas. A doença também pode ser transmitida pelo contato com o líquido das bolhas das mãos e pés ou com as fezes de crianças infectadas. As secreções contaminadas podem ficar na superfície de móveis, objetos e brinquedos e também podem transmitir a doença, portanto, lembrem-se de lavar sempre bem as mãos.

Aproximadamente metade das crianças que se infectam com o vírus coxsackie não têm sintoma algum, outras apresentam somente alguns episódios de febre por aproximadamente três dias, sem qualquer outro sintoma. Por outro lado, há crianças que desenvolvem a doença típica da mão, pé e boca. 


A doença é mais freqüente na primavera e no outono e acomete geralmente crianças menores de 5 anos. 


Após um período de incubação que varia de 4 a 6 dias, aparece a febre que pode ter intensidade variável (em alguns casos, a criança pode não apresentar febre). Após esta fase inicial, aparecem pequenas aftas na boca (estomatite) que causam dor quando a criança engole, saliva ou se alimenta. Frequentemente, a criança baba muito e recusa a alimentação nesta fase. A seguir, surgem pequenas bolhas com a base avermelhada nas mãos e nos pés (principalmente na região das palmas das mãos e plantas dos pés). Estas pequenas bolhas não coçam e não doem e podem aparecer também nas nádegas. 


Por ser uma doença causada por um vírus, o tratamento é sintomático, ou seja, as medicações são usadas somente para aliviar os sintomas. Em alguns casos graves e raros, a dificuldade de ingerir líquidos pode causar desidratação. Porém, na grande maioria dos casos, as medicações sintomáticas associadas a uma alimentação leve e uma boa ingestão de líquidos são suficientes para que a criança supere a infecção utilizando os recursos de seu próprio sistema imunológico.
Fonte aqui