Objectivo do Blog

Sou mãe de uma menina que nasceu em 2009, o meu maior tesouro!
A minha filha apresenta comportamentos um pouco diferentes do comum para a idade, compatíveis com a Perturbação do Espectro Autista.

Este blog tem como objectivo a troca de informações com pais que estejam em situação semelhante.
Juntos encontraremos mais respostas pras nossas dúvidas e poderemos obter uma ideia melhor da evolução esperada para cada caso. Participem!

10 de janeiro de 2013

Diagnóstico errado?

Como já aqui referi, o relatório da avaliação que as técnicas de intervenção precoce fizeram à minha filha, deixou-me intrigada e cheia de dúvidas sobre o que realmente poderá estar a condicionar o normal desenvolvimento da minha piolha.


No relatório dizia que não conseguiram  aplicar nela a escala de Intensidade do Autismo Infantil
e mais coisas tais como:
"A Tatiana compreende o que lhe é dito ou pedido, conseguindo fazer tarefas simples ou “recados”. No entanto apresenta dificuldade em levar a cabo uma tarefa única, desinteressando-se da mesma e procurando outro ponto de interesse, concentrando aí a sua atenção.
...demonstra dificuldade em imitar as linhas verticais e horizontais, assim como não representa graficamente a figura humana.
Na interação com os pares, verificamos que a Tatiana reage com sorriso quando os pares se dirigem a ela ou com desagrado quando lhe retiram objetos ou interferem nas brincadeiras dela. No entanto demonstra dificuldade em interagir com os pares por sua iniciativa e demonstra não distinção entre os adultos conhecidos e não conhecidos, atuando com manifestações de carinho, em ambos os casos.
...apresenta dificuldade na linguagem expressiva, essencialmente em expor voluntariamente o que deseja, dialogando apenas com o seu interlocutor se este a interpela. Esta dificuldade da Tatiana interfere no desenvolvimento da sua linguagem, na aquisição de novos conhecimentos e sua aplicação, assim como em exprimir o que pensa e deseja. Verificamos ainda que a Tatiana consegue fazer o contacto visual com o seu interlocutor, sorrindo, abraçando e dando-lhe beijos quando lhe pedimos “um beijinho”, mesmo se for um desconhecido.
Relativamente ao conhecimento dos sentimentos dos outros, uma das educadoras fingiu que chorava ao seu lado, nesse momento verificamos que a Tatiana ficou a olhar para ela deixando o que estava a fazer e fez festinhas, pegando nas mãos que tapavam a cara, cedendo a educadora de imediato. Também outro episódio relevante, centrou-se no interesse da Tatiana em que uma educadora se sentasse ao pé dela para ver um livro que mostrava, página a página, dizendo “olha, olha…”. A educadora teve que ir embora e ela disse “não, não, olha, olha”, mas sem frustrar, ao que após explicação da educadora de que tinha que ir embora, a pedido, deu um beijo e desligou facilmente.
A grande preocupação observada pelas docentes de intervenção precoce aquando da avaliação da Tatiana, reside essencialmente nos períodos de ausência que a criança manifesta, sistematicamente, de 8 em 8 minutos, sensivelmente. Nestes momentos, a Tatiana pára o que está a fazer e fica de olhar fixo cerca de 3/4 segundos, retomando a tarefa de seguida."

Esta última parte, que até coloquei a negrito, não me sai da cabeça e hoje dou de caras com este vídeo partilhado no Facebook pela Dr. Marina - dona do Centro Médico e Terapêutico que a minha filha frequenta.
Vejam porque é muito importante e digam lá se não tenho motivos para andar com tantas dúvidas!


Quando a minha filha está "no mundo da lua" pode muito bem estar a ter uma convulsão cerebral...

13 comentários:

  1. Infelizmente o autismo é real nem sempre as histórias são como no video,mas acredito que existam muitos diagnósticos que não sejam os mais correctos.
    Nem sei se será possível cá fazerem tal exame, mas era capaz de fazer na minha pequena nem que fosse para retirar duvidas.

    Bjinhos

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  2. Fiquei, sem palavras depois de ver o video, desconhecia de todo.
    Mas também acredito que p'ro bem e p'ro mal haverá muitos diagnósticos errados e que em casos mais ligeiros ou mais profundos de autismo serã mais dificíl avaliar apenas por atitudes e comportamentos.
    Achei video muito interessante vou partilhar.

    beijinhos

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  3. Olá, este é um tema que acompanho e investigo há bastante tempo. Tenho o video que colocaste também no meu blog e vários posts sobre o assunto se quiseres ir dar uma espreitadela.

    É muito complicado. A verdade é que quando não há convulsões visíveis os médicos não sabem o que fazer e normalmente não fazem nada...Mesmo com alterações no EEG. Vê no meu blog alguns casos que falo.

    Aconselho-te a procurares um bom neuropediatra para investigares mais esta questão. Dr. Pedro Cabral, que dá consultas no Hospital da Luz (é o responsável de neuropediatria no S. Francisco Xavier também) parece-me a melhor pessoa para ver o caso da tua pequena.

    Um beijinho e se quiseres ligar-me e falarmos um pouco mais sobre o assunto podes enviar-me um mail para rainbowmum2007@gmail.com



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  4. Também me deixas te a pensar, e será so na India que fazem este exame???
    Sem duvida que existe muitos diagnósticos errados o Dr. Pedro Caldeira nunca colocou rótulos na minha filha da 1.ª consulta disse-nos a Maria Inês não esta bem mas vai ficar bem, o diagnóstico continua em aberto sei que tem um problema na relação e comunicação.

    Rainbow Mum não sabia que o Dr. Pedro Caldeira tb dá consultas no Hospital da Luz e é o responsável de neuropediatria no S. Francisco Xavier, só sabia que ele é o responsavel pela UPI ( unidade primeira infancia ) nos Olivais que pertence ao Hospital da Estefânia é onde vou com a minha filha desde Março de 2011 e agora é o Director da Cadim...e cada vez que fou a UPI mais ou menos de 10 em 10 dias vejo lá sempre, bem não deve dar à conta, gosto mt dele é um médico mt competente , mt calmo e nos transmite segurança, recomendo.

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    1. Olá Anabela, não é na Índia que fazem o exame, a médica diz é que vai tentar implementar o método também na Índia (que é a terra natal dela).
      A rainbow Mum sabe mais sobre este método inovador que eu, também gostava de saber se se faz aqui em Portugal.
      E acho que não é ao Dr. Pedro Caldeira que ela se está a referir, mas ao Dr. Pedro Cabral - Neuropediatra.

      bjs

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    2. Helena e Anabela, no meu blog falo muito sobre este tema e da minha experiência O Instituto de Neuroterapia que supostamente têm uma máquina que faz a mesma avaliação... Não aconselho, achei que não tinha qualquer base cientifica... Leiam o que lá falei sobre isso. Beijinhos

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  5. Sim o Dr. Pedro Caldeira Cabral da Silva é o neuropediatra que viu e acompanha a Maria é onde vou com ela de 10 em 10 dias à UPI ( unidade de primeira infância ) nos Olivais é ele tb o Director do Cadim.

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    1. O Dr. Pedro Caldeira da Silva é pedopsiquiatra da UPI. O Dr. Pedro Cabral é neuropediatra, dá consultas no H. da Luz e é responsável de neuropediatria do S. Francisco Xavier e recentemente substituiu o Lobo Antunes no Cadin, tendo este último aberto um centro novo, o PIN.

      Acredite, eu conheço os 2 :)

      Beijinhos

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  6. Penso que está em confusão, o Dr. Pedro Caldeira da UPI é pedo-psiquiatra, a minha filha também é seguida por ele, lá. Se a sua filha tem ausências, deve procurar um neurologista com a maior urgência. As ausências são silenciosas mas são tão graves como um ataque visivel de epilepsia. A minha filha tem epilepsia e tinha muitas ausências, que entretanto já conseguimos ultrapassar.
    Tudo a correr bem:)

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    1. Exacto. O Dr Pedro Caldeira e o Dr. Pedro Cabral são 2 pessoas distintas.

      Desculpe perguntar mas quem foi o neuropediatra que seguiu a sua filha? O caso dele era de epilepsia visivel?

      Beijinhos e obrigada

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  7. Já percevi que os dois médicos são distintos, alguém me sabe dizer algo sobre o sindrome de west?

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