Objectivo do Blog

Sou mãe de uma menina que nasceu em 2009, o meu maior tesouro!
A minha filha apresenta comportamentos um pouco diferentes do comum para a idade, compatíveis com a Perturbação do Espectro Autista.

Este blog tem como objectivo a troca de informações com pais que estejam em situação semelhante.
Juntos encontraremos mais respostas pras nossas dúvidas e poderemos obter uma ideia melhor da evolução esperada para cada caso. Participem!

30 de maio de 2014

Abananada...


A resolver um quebra-cabeças:
- mãe este é muito difícil, podes ajudar-me?

Tentei 1,2,3,4 vezes e nada...

Vira-se ela já (muito) impaciente:
- ó mãe... deixa cá que eu consigo...

e pimba, certinho à primeira!!!


...

Noutro nível do mesmo quebra-cabeças:

- Então, estás a conseguir?
- Estou quase...
(meto-me)
-olha fazes assim! Vês, consegui!
- não conseguiste nada mãe!!! Tens que apanhar as estrelas!!!




Olhem-me a catraia!!!
Toma e embrulha!!!



3 comentários:

  1. Bom dia Helena, tenho acompanhado os progressos da Tatiana e fico surpresa com o potencial e a inteligência dela. Gostaria de saber como você percebeu a mudança dela, ou seja, o que mudou primeiro, foi a fala ou a interação com as outras crianças? Pergunto porque meu filho começou a falar muito de uns dias para cá, assim, de repente, como se as palavras estivessem guardadas em sua cabeça. A interação com crianças menores ainda está lenta, mas há o interessa. Já com a crianças grandes, é só alegria. Abraços e que a pequena continue melhorando sempre.

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  2. Olá Silvana, quando começamos a deixar de ver aqueles olhares estranhos que ela fazia, foi quando ela começou a falar mais e mais, foi como se algo se tivesse "conectado" no cérebro dela. Eu sempre achei que ela sabia falar, desde os 2 anos, porque às vezes ela dizia falas dos desenhos animados, mas comunicar parecia não ter vontade...
    A interação foi acontecendo aos poucos, ela não tinha (e ainda não tem) muito jeito para abordar as crianças, ela era capaz de chegar e começar a fazer cocegas a uma menina por exemplo, e a criança como era pega de surpresa reagia mal afastando-se... ela fazia o que gostava que lhe fizessem a ela... em jogos que fossem todos a correr ao molho ela divertia-se imenso lol
    Ultimamente quando quer brincar chega-se à criança, diz olá, o nome completo e pergunta se quer brincar com ela... só que as brincadeiras normalmente não fazem grande sentido, ontem por exemplo, num consultorio médico, abordou uma menina e a brincadeira que propos era rodar a chaminé duma casinha de brincar... a menina não achou piada nenhuma e ela lá ficou a rodar a chaminé toda contente... sozinha...

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    1. Bom dia Helena, com o Davi está acontecendo a mesma coisa, como que por milagre, há cinco dias, mas precisamente, após brincadeiras de correr e muita agitação, que ele adora, começou a falar mais e mais. Ainda está longe do ideal, mas já há uma enorme melhora. O levei para as terapias e não contei nada às profissionais e ao final elas me disseram mesma coisa, que ele estava muito falante e interagindo muito mais. Sábado desenhou um rosto com nariz e cabelo, coisa que nunca tinha feito (só desenhava olhos e boca, quando desenhava) e brincou com seus carrinhos sem batê-los constantemente, usando a imaginação. Na verdade, nada disso aconteceu por acaso, ele vem recebendo muitos estímulos, principalmente em casa, da hora que acorda até a hora que dorme, mas a forma como ocorreu que eu achei fantástica, de fato, como vc falou, parece que algo, de repente, se conectou no cérebro dele e as palavras que lá estavam guardadas começaram a sair, coisas que nem imaginava que soubesse falar. Ontem, ele viu algumas crianças, disse que queria "ir lá" e foi, ficou olhando para elas e voltou, sem interagir. Também percebo que ele só brinca com crianças menores quando a brincadeira é do interesse dele, diga-se, brincadeiras que envolvem muita correria e agitação (tb adora cócegas), de outra maneira se afasta e brinca só. Uma outra situação que o faz se afastar é quando elas querem algo que é dele, aí ele faz cara de medo e se afasta. Enfim, não sei o que pensar...é autismo ou algo parecido? Tenho uma teoria de que casos como da Tatiana, do Davi e de tantos outros passavam despercebido antigamente devido as famílias serem mais numerosas, com dez ou mais filhos, e a interação com vizinhos e parentes ser muito maior, com brincadeiras nas ruas e muita imaginação, acabava que tais limitações acabavam sendo superadas sem que os pais percebessem o que estava acontecendo, era apenas um filho um pouco mais tímido, diferente, que demorava mais a falar ...quem não conheceu alguém assim na infância? Abraços.

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