Objectivo do Blog

Sou mãe de uma menina que nasceu em 2009, o meu maior tesouro!
A minha filha apresenta comportamentos um pouco diferentes do comum para a idade, compatíveis com a Perturbação do Espectro Autista.

Este blog tem como objectivo a troca de informações com pais que estejam em situação semelhante.
Juntos encontraremos mais respostas pras nossas dúvidas e poderemos obter uma ideia melhor da evolução esperada para cada caso. Participem!

3 de junho de 2014

Que me dizem?

Hoje venho perguntar um coisa a todos vocês que me acompanham:

- acham normal uma criança a caminho dos 5 anos abordar qualquer estranho como se aborda um amigo/familiar???

A minha filha foi SEMPRE assim, este fim de semana fomos a um parque onde se pratica pesca desportiva e a miúda num ápice corre-me pró pé dum pescador, chega lá,diz olá e agarra-se ao desconhecido...
ele retribui o olá e ela pergunta se já pescou algum peixe, enquanto se "enrosca" no homem pra se sentar no colo dele...
Acham isto normal???

É que mete-me cá uma confusão :(
o homenzinho diz-lhe que tem uma neta do tamanho dela e lá fica ela toda agarradinha, toda sorrisinhos quem nem queria vir comigo...

Em pequena, nunca tivemos problemas em deixa-la em casa de tios ou outras pessoas amigas...


9 comentários:

  1. Conheço muitas crianças com esta idade que não têm ainda a noção do perigo que pode representar um estranho. Tenta apenas alertá-la que é o que eu faço com o meu que tem a mesma idade da tua menina. Gostava de saber como vai então a escolinha e os médicos descreverem os poucos sintomas de espectro que estão desaparecendo aos poucos? O meu menino passou pelo mesmo e aos 3 anos e meio desabrochou para a vida agora debato-me todos os dias se tudo passa mesmo.... Na escola ele ainda tem alguma dificuldade em manter uma relação com colegas, mas as obsessões, comportamentos estranhos e desligado do mundo...tudo isto desapareceu. E agora nem a educadora nem os profissionais que acompanham nada me sabem dizer apenas dizem....Vamos ver! EU gostava tanto de ouvir... que tudo passou de um engano, mas no fundo sei que a nível de socialização ele vai ter muito a aprender.... beijinhos

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  2. Olá, já me disseram tantas vezes "a médica enganou-se!" eu fico feliz, porque isso quer dizer que sim, a minha filha está bem...
    Mas eu não penso assim, eu vivi todas aquelas dificuldades, eu presenciei a evolução e eu tenho a certeza que vou continuar a detectar pequenos comportamentos, pequenas atitudes que passam despercebidas aos outros... a mente dela funciona de modo diferente e isso não vai mudar. Ela vai sempre ter mais dificuldade que os outros em interagir, em iniciar conversas, em mantê-las, em "ler" os olhares dos outros, em entender sarcasmos, em entender indiretas... vai ter uma visão mais racional e lógica das coisas - menos "sentimental", vai ser sincera, realista, leal, verdadeira, focada no que gosta, cumpridora :)
    como é que eu sei? basta olhar para o pai dela :)
    Com o nosso apoio tudo vai ser mais fácil ;)

    bjs

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  5. Bom dia, Helena! sobre o assunto, já li que os problemas relacionados à interação social se apresentam das mais variadas formas: algumas crianças não demonstram interesse por outras da mesma idade ou de idade diferente, outras têm o interesse, mas não sabem como iniciar ou manter uma brincadeira, já algumas têm uma interação melhor com crianças maiores ou até mesmo adultos, porque seriam mais previsíveis, além de outras variações. Não sei se é assim mesmo, mas no caso do meu filho, apesar de já interagir relativamente bem com crianças da mesma idade, percebo que seu interesse maior é em meninas já entrando na adolescência. Ele gosta das brincadeiras que elas fazem com ele. Quanto ao que fica depois que a pior parte passa, um médico renomado daqui do Brasil afirma que, se verdadeiramente autistas, não saem do espectro, se saíram, é porque não eram autistas, foi diagnóstico errado, no entanto, ele diz que algumas pessoas podem apresentar uma melhora tão significativa, ao ponto de levarem uma vida muito próxima à "normalidade", no entanto, geralmente, serão adultos mais tímidos, calados...Mudando um pouco de assunto, li em um de seus posts sobre o interesse da Tatiana em luzes. Gostaria de saber se o fato de você ter comprado luzes para ela aumentou ou diminuiu a sua fixação e ainda, se as luzes despertavam nela algum comportamento estranho. Estou tendo problema semelhante, já pensei em comprar algumas daquelas "coisinhas que piscam", mas tenho receio de que piore o problema. Bjs. "Para o sucesso na ciência e na arte, uma pitada de autismo é essencial" (Hans Asperger) ...

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  6. Olá Silvana peço desculpa de só responder agora - olha o facto de ter comprado as luzes não agravou a fixação, ela fica calminha a contempla-la e adormece assim - ainda hoje!
    Uma beijinho e obrigada pelo comentário

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  7. Bom dia Helena, me surgiu uma curiosidade sobre a fala da Tatiana, se está compatível com a idade? Ela já conta as acontecimentos importantes da escola? Repete a mesma pergunta várias vezes, mesmo sabendo as respostas? Fala na terceira pessoa? Faz afirmações em forma de perguntas? Meu filho, já se aproximando dos quatro anos, apresentou uma evolução surpreendente, no entanto a fala, apesar de ter melhorado muito, ainda não está compatível com a idade. Sabemos que ele conhece muitas palavras, até as pouco usadas na idade dele, mas ainda não consegue fazer as ligações de forma adequada. Obrigada pela resposta anterior, a fixação dele por algumas luzes está diminuindo naturalmente e, por sorte, não adquiriu nenhuma fixação nova.

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    1. Olá Silvana, não tinha visto a sua pergunta e só lhe venho responder agora, passados 4 anos!!! que vergonha!!!
      Pois bem, a minha filha vai fazer 9 anos e a fala ainda não está compatível com a idade - ainda fala muito à bebé... raramente conta por iniciativa dela como foi o seu dia ou outras coisas que tenham acontecido. As vezes vai a falar e perde-se muito a meio da conversa, mas lá chega ao fim... fala pouco e com défice de atenção pelo meio.

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