A resolver um quebra-cabeças:
- mãe este é muito difícil, podes ajudar-me?
Tentei 1,2,3,4 vezes e nada...
Vira-se ela já (muito) impaciente:
- ó mãe... deixa cá que eu consigo...
e pimba, certinho à primeira!!!
...
Noutro nível do mesmo quebra-cabeças:
- Então, estás a conseguir?
- Estou quase...
(meto-me)
-olha fazes assim! Vês, consegui!
- não conseguiste nada mãe!!! Tens que apanhar as estrelas!!!
Olhem-me a catraia!!!
Toma e embrulha!!!
Bom dia Helena, tenho acompanhado os progressos da Tatiana e fico surpresa com o potencial e a inteligência dela. Gostaria de saber como você percebeu a mudança dela, ou seja, o que mudou primeiro, foi a fala ou a interação com as outras crianças? Pergunto porque meu filho começou a falar muito de uns dias para cá, assim, de repente, como se as palavras estivessem guardadas em sua cabeça. A interação com crianças menores ainda está lenta, mas há o interessa. Já com a crianças grandes, é só alegria. Abraços e que a pequena continue melhorando sempre.
ResponderEliminarOlá Silvana, quando começamos a deixar de ver aqueles olhares estranhos que ela fazia, foi quando ela começou a falar mais e mais, foi como se algo se tivesse "conectado" no cérebro dela. Eu sempre achei que ela sabia falar, desde os 2 anos, porque às vezes ela dizia falas dos desenhos animados, mas comunicar parecia não ter vontade...
ResponderEliminarA interação foi acontecendo aos poucos, ela não tinha (e ainda não tem) muito jeito para abordar as crianças, ela era capaz de chegar e começar a fazer cocegas a uma menina por exemplo, e a criança como era pega de surpresa reagia mal afastando-se... ela fazia o que gostava que lhe fizessem a ela... em jogos que fossem todos a correr ao molho ela divertia-se imenso lol
Ultimamente quando quer brincar chega-se à criança, diz olá, o nome completo e pergunta se quer brincar com ela... só que as brincadeiras normalmente não fazem grande sentido, ontem por exemplo, num consultorio médico, abordou uma menina e a brincadeira que propos era rodar a chaminé duma casinha de brincar... a menina não achou piada nenhuma e ela lá ficou a rodar a chaminé toda contente... sozinha...
Bom dia Helena, com o Davi está acontecendo a mesma coisa, como que por milagre, há cinco dias, mas precisamente, após brincadeiras de correr e muita agitação, que ele adora, começou a falar mais e mais. Ainda está longe do ideal, mas já há uma enorme melhora. O levei para as terapias e não contei nada às profissionais e ao final elas me disseram mesma coisa, que ele estava muito falante e interagindo muito mais. Sábado desenhou um rosto com nariz e cabelo, coisa que nunca tinha feito (só desenhava olhos e boca, quando desenhava) e brincou com seus carrinhos sem batê-los constantemente, usando a imaginação. Na verdade, nada disso aconteceu por acaso, ele vem recebendo muitos estímulos, principalmente em casa, da hora que acorda até a hora que dorme, mas a forma como ocorreu que eu achei fantástica, de fato, como vc falou, parece que algo, de repente, se conectou no cérebro dele e as palavras que lá estavam guardadas começaram a sair, coisas que nem imaginava que soubesse falar. Ontem, ele viu algumas crianças, disse que queria "ir lá" e foi, ficou olhando para elas e voltou, sem interagir. Também percebo que ele só brinca com crianças menores quando a brincadeira é do interesse dele, diga-se, brincadeiras que envolvem muita correria e agitação (tb adora cócegas), de outra maneira se afasta e brinca só. Uma outra situação que o faz se afastar é quando elas querem algo que é dele, aí ele faz cara de medo e se afasta. Enfim, não sei o que pensar...é autismo ou algo parecido? Tenho uma teoria de que casos como da Tatiana, do Davi e de tantos outros passavam despercebido antigamente devido as famílias serem mais numerosas, com dez ou mais filhos, e a interação com vizinhos e parentes ser muito maior, com brincadeiras nas ruas e muita imaginação, acabava que tais limitações acabavam sendo superadas sem que os pais percebessem o que estava acontecendo, era apenas um filho um pouco mais tímido, diferente, que demorava mais a falar ...quem não conheceu alguém assim na infância? Abraços.
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